quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
DE REPENTE
Domingo de carnaval. Churrasco na laje. Doze horas de festa que eu e Caio encerramos com um belo e quase infinito duelo de rimas, com a participação de Wellington Almeida e Felipe Bentivegna, no violão, Fabrício Cataldo acompanhando o refrão e Thiago Jock que ouvia enquanto dormia ou vice versa. Dois dias depois, aniversário do Caio. Eu, de Brasília, escrevo meus parabéns e tal, "mas vai treinando a rima, Caio, pra ficar mais a minha altura no próximo repente".
Caio Cavechini, por email:
> Pode ir tirando esse reizinho da barriga
> O duelo foi intenso, é verdade
> Mas das minhas rimas você não fez a metade
> Contente-se em ser uma menina criativa, apenas
> Que para melhorar ainda precisa dominar os fonemas
>
> Não quero me gabar, longe de mim,
> Você sabe que comigo a coisa não é assim,
> Mas preciso registrar, com convicção final,
> Que se deixassem eu passava rimando todo o carnaval
>
> E isso eu comprovo, sem ficar puto
> Respondendo seu insulto no mesmo minuto
> Escrevendo rápido o que vem na cachola
> Batendo no teclado como quem chuta a bola
>
> E aqui me despeço, agradecendo a acolhida,
> Já deixando marcada a próxima partida.
Mariane Salerno, por email:
Como responder
a quem nao tem o que fazer
e fica ai fazendo rima
Apesar de ninguem dar a minima
Só te mando este verso
Porque amanha vc fica mais velho
Parabens!
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